A Fundação Getúlio Vargas lançou ontem (11/01) uma nova versão do IVAR - Índice de Variação de Aluguéis Residenciais, como sugestão de uma nova opção sobre as dinâmicas de preço no mercado de imóveis de locação. 

Este índice já era calculado pelo IBRE - Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, mas de forma diferente: antes eram considerados os preços dos aluguéis em anúncios de locação de imóveis, monitorando as variações deles. Porém, o método não foi considerado ideal, uma vez que os valores negociados geralmente não são os mesmos anunciados. 

Esta nova versão do IVAR tem diferente metodologia de cálculo: baseia-se no valor real dos aluguéis imobiliários definidos nos contratos e suas variações. A fonte das informações origina-se de acordo firmado com imobiliárias e administradoras que forneceram acesso aos contratos celebrados mensalmente. 

Com a nova metodologia de cálculo, divergências já surgiram: no acumulado de 2021, o IVAR de metodologia antiga registrou uma alta de 4,45%. Já com a nova metodologia, o acumulado do ano foi de queda de 0,61%.

Atualmente, o IGP-M, que também é calculado pela Fundação Getúlio Vargas, é o índice mais comum nos contratos de aluguel, contudo, em 2021 ele acumulou alta de 17,78%, o que fez muita gente buscar outros índices para o reajuste dos contratos, como o IPCA, que também fechou com alta de 10%. 

O índice tem uma amostra de contratos de quatro capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A expectativa do IBRE (FGV) é que, com o tempo, novas imobiliárias e entidades apareçam dispostas a compartilhar as informações, compondo amostras mais robustas para incluir mais cidades no levantamento.

A adoção do IVAR como índice de reajuste de aluguéis, porém não é obrigatória e depende de cada dono de imóvel e locatário, através dos agentes imobiliários, no processo de negociação do contrato e reajuste.

Não há ainda, segunda a FGV, previsão para cálculo do IVAR em Curitiba. Sobre a adesão do mercado, somente a experiência e o tempo poderão mostrar.

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